quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Navegar é Preciso. Viver... também!


Hoje com o advento da internet impregnada no DNA das crianças, a chamada geração D (de Digital), já nasce plugada e totalmente inserida nas ondas do surfe digital www.com. São verdadeiros Kelly Slaters dos bits e bytes ou uma versão 2.0 do Homem Aranha para o controle deste emaranhado de teias que é a internet. Não é mais necessário cortar o cordão umbilical, basta retirar o cabo de rede. E num futuro próximo, não haverá mais nascimentos e sim, “partos com banda larga”.

Bem, dando um OFF ao Mode Sátira, a revolução digital já está acontecendo a todo vapor e será descomunalmente desproporcional a vivida por nós, para esta nova geração de plugados que ainda alternam entre cliques do mouse e chupar os dedos, este é o futuro da internet e são para estas pessoas que a internet se voltará. Não estou cogitando a importância, a interatividade e tão pouco o universo de possibilidades e horizontes a serem pintados que a infinita paleta de cores da internet tem e proporciona aos jovens e crianças. O fato é: o excessivo uso do meio digital em detrimento do meio real. Não temos amigos, temos seguidores. E as boas conversas despretensiosas de fim de tarde banhadas a ócio estão sendo trocadas por 140 caracteres. Quero deixar claro que não sou saudosista, não fico em bancos de praça olhando o passado com ares de “tudo era melhor naquele tempo”. Sou profissional de tecnologia e obviamente percebo a importância das redes sociais, mas as relações de contato humano tão importantes ao desenvolvimento e até a boa prática da cidadania, temo que se percam no meio deste caminho vasto de números binários.

Em pesquisa realizada recentemente com crianças onde havia uma pergunta muito particular e instigante: Quantos amigos você tem? A grande maioria respondeu acima de 350 amigos, um número de respeito, e quando eram indagadas sobre a quantidade elas apenas respondiam: “Tenho todos no Facebook”.

É disto que estou falando, da falta de humanização nas relações. Fizemos uma revolução com o protocolo de Kyoto na década de 90, hoje há outra revolução: a do protocolo http://.

A internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas interligadas e é claro que possibilitou um salto gigantesco na interação com o mundo, mas nada substitui o contato eye to eye. Passamos horas na frente do computador, nós brasileiros estamos entre o top 5 dos países que mais tempo passam conectados. Até então não disse nada que você não soubesse e, além disso, eu me incluo neste grupo de insanos maníacos por consumo digital, mas aqui lhe faço uma proposta: Tire alguns instantes do seu tempo e vá ver uma exposição de arte no MASP ou o lindo bailado das fontes vivas do Ibirapuera. Certamente não existe processador, placa de vídeo ou monitor algum, mesmo que possua altíssima definição que possa exprimir em pixels a graça e leveza das pinceladas de Monet ou a brisa fresca de um por do sol.

Pra desligar a conexão deste artigo, finalizo com um pensamento: Quando sua internet cair, o modem não conectar e o servidor falhar, pode ser uma dica dos céus pra você aproveitar o dia lindo lá fora.

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