terça-feira, 2 de junho de 2009

Sobreviver é Preciso! Uma história Sobre Viver!


Essa história é a narração de um grande ensinamento que aprendi com o instinto dado pela mãe natureza a cada ser vivo, inclusive a nós, chamado instinto de sobrevivência.
Como é do conhecimento de todos, trabalho na área ambiental. Já faz alguns dias eu estava em um de nossos clientes fazendo a manutenção em sua estação de tratamento de esgotos, quando limpava os filtros que retém a sujeira, posicionei a mangueira para o descarte de água numa área ajardinada ao lado da estação. Vi o local e a olhos nus, e com certo grau de atenção, me foi impossível enxergar alguma vida ali que não fosse vegetal. Lançada a mangueira no jardim, a água começou a sair e fez uma pequenina poça ao seu redor. Após alguns minutos fui ver como estava o processo do descarte de água e para minha surpresa onde não havia segundo minha interpretação, vida alguma; vi a mangueira tomada de insetos de todos os tipos, no instinto natural de se refugiar em algum ponto alto a fim de fugir da morte certa causada pela água, não demorou muito e minha bota também estava tomada por insetos.
Os insetos me mostraram que por mais que a situação pareça adversa, pois nenhum deles possuía asas para bater em retirada e o avanço das águas era maior que a medida do passo, mas aprendi com os insetos o valor que possui a vida, o dom mais precioso, que muitas vezes realmente nos parece que o mais fácil e cômodo seria optar pela desistência, abrir mão de algo maior por não enxergar em si próprio, forças ou meios de transpor as mangueiras que sempre aparecem em nossas vidas. E vejam o paradoxo, o que poupou a vida dos insetos foi justamente aquilo que a estava ameaçando, a mangueira! Mais um ensinamento, aprenda a retirar de seus próprios obstáculos as saídas para sua vitória.
E interessante, vi que no alto da mangueira, dividiam espaço alguns insetos predadores e suas presas, mas em momento algum houve ataque, os insetos me mostraram que em momentos de dificuldades, todos estão juntos a fim de resolver a questão, não importa se você é presa ou predador, branco ou negro, estamos todos do lado da vida, do lado da sobrevivência!
Visto isso desliguei a mangueira, em poucos minutos a mangueira ficou nua novamente, olhei com mais atenção ainda o terreno, mas ainda sim não consegui vê-los no jardim, simplesmente sumiram, foram seguir suas vidas com a certeza de que sobreviveram graças a ajuda de todos.
Me encaminhei até a sala de maquinas para trocar o refil do filtro e vi que uma lagarta havia se pendurado no filtro, com a mesma intenção nobre de sobreviver. Uma visão mesquinha e pobre não entenderia a atitude heróica dessa lagarta, ao se valer de todas as suas forças num ambiente inóspito, apenas diriam: Vejam, um bicho! E provavelmente iriam se encarregar de acabar o que a água não conseguiu. Mas confesso que enxerguei mais coragem naquela lagarta do que em algumas pessoas que já vi, que viraram as costas para os seus desejos, para as suas vidas, para a sua felicidade, e fizeram a opção de saltar na poça ao invés de subirem na mangueira ou se a agarrar ao refil do filtro.
A vida e a morte não está em minhas mãos, a isso coube Cristo, mas me senti na obrigação de devolve-la ao seu ambiente, foi uma guerreira, acreditou na vida, não olhou para trás. E sabem do que mais?
Ela venceu!

segunda-feira, 30 de março de 2009

No caminho das águas


Há dias estava conversando com um amigo sobre o futuro das profissões, ele é publicitário e me dizia que num próximo fim de mundo, que segundo ele está próximo, os publicitários não teriam lugar numa reconstrução de nosso planeta. Engenheiros, sim. Médicos, sim. Aliás, ele ainda dizia que advogados, esperava, estarão todos enterrados, junto com banqueiros, o que acho plenamente compreensível!
Bem, minha resposta:
Utilizando a filosofia dos poetas do mercado financeiro: "Temos que enxergar oportunidades em momentos de crise". Se caso o mundo vier a naufragar imerso em água (o que por si só já mostra um potencial comercial tremendo para a marca de refrigerantes travestidos de água, H2Oh, assinada pela Ambev. Como por exemplo: "Viva o mundo H2Oh!" ou "Caia nessa onda! Entre para o mundo de H2Oh" ou ainda "H2Oh! Prove mais de vc mesmo!"). Com tudo embaixo d'água, entram em cena os magos do marketing com a oportunidade perfeita para a criação da "Nova Atlântida", cidade do futuro onde não existe mais poluição do ar! (tá tudo embaixo d’água!) além de aquecerem os mercados de vendas de aparelhos submarinos e cursos de mergulho, quem sabe até com patrocínio da Sabesp. Essa é a deixa pra galera da publicidade idealizar as campanhas de venda dos primeiros lotes, o Aqualung e o Netuno, com o perdão do trocadilho mas o preço é uma "peixincha", o melhor custo por m2 ainda com ampla vista para o mar (por todos os lados). Em se tratando de água podemos dizer que este empreendimento será com certeza a nova "bolha" imobiliária de SP, oxalá do Brasil e das Américas!
Estando na água, e como lavar dinheiro ainda é crime nessa parte ao sul do Equador, logo, os banqueiros não teriam motivo de existir. Não existindo banqueiros, o mundo seria mais justo e igualitário. Sendo o mundo mais justo e igualitário, não existe razão para advogados! E assim acabamos com as mazelas da sociedade.
Vendo as coisas por este ponto de vista, os publicitários tem suma importância para o futuro da nação.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ouro de Tolo


A Lenda dos Guerreiros Xavantes


Nasci de mãe Tanhabuá no tempo das grandes águas, onde ainda podíamos escutar o falar da águia e o vento conversar com as nuvens. Meu pai foi morto quando eu ainda era curumim, tenho pouca lembrança dele, mãe Tanhabuá sempre diz que foi um guerreiro honrado pelo deus Sol, o Grande Espírito que corre pela face dos rios.
Mas tenho viva em minha memória algo que meu pai, Grande Guerreiro Raiantunin, sempre me ensinou, a nunca esquecer quem eu sou e de onde venho. A história que segue, aconteceu já faz muitas luas, é a história de meu povo, de um povo que não se curvou para a tirania, e é meu dever manter a memória dos Grandes Guerreiros viva entre meu povo.
Eu sou Oimbaré, e essa é a história que virou lenda, a Lenda dos Guerreiros Xavantes.
Nessa época a aldeia passava por período de fartura, abençoada por grande deus Sol, a Natureza era nossa irmã, e nos maravilhava com raios de sol todas as manhãs e pedia as nuvens para que derramasse das suas lágrimas que alimentavam nossas plantações.
Os Xavantes sempre foram conhecidos por sua bravura e destreza de guerra, eu tinha a altura de um arbusto de oiticica, era muito jovem, ainda brincava com os arcos de bambu feitos por meu pai.
Éramos liderados por Cacique Pacunum, antes de grande guerreiro era grande homem, até o lobo calava seu uivo mesmo em noites de lua cheia, quando Pacunum chamava os curumins para os ensinar.
Mas homem branco, movido pela cobiça, cegado pela cor de papel que eles chamam dinheiro, certo dia desembarcou em nossa terra. Chegaram como onças a espreita de carne, em silêncio, mas víasse no olhar a real intenção, a boca pode mentir mas olhar é revelador, não mente.
Invadiram nossa aldeia ainda quando a coruja, a sentinela das arvores, repousava. Suas armas, novas para meu povo, cuspiam a morte de nossos homens e mulheres.
Meu povo lutou bravamente, reagindo a ação do homem branco, que não respeita nem mãe Natureza, se dizendo dono de algo que já existia muito antes de seus antepassados.
Cacique Pacunum ordenou que todas as mulheres, crianças e velhos subissem a grande colina para se proteger. Mãe Tanhanbuá conta que meu pai se foi da terra dos Xavantes tentando me proteger das armas do mal de homem branco. Grande Guerreiro Raiantunin fechou os olhos que enxergamos esta vida e os abriu novamente para a eternidade junto aos Grandes Espíritos de nossos antepassados.
Os Guerreiros Xavantes ainda resistiram por longos dias, mas ganância de homem branco não tinha limites e chegou o dia que a lança do último guerreiro Xavante caiu.
Cacique Pacunum, um dos poucos sobreviventes foi capturado e torturado para que contasse os ficavam as grandes riquezas da floresta.
Eu estava na colina com os outros, mas pude ver os últimos momentos de Pacunum, tenho vivo também em minha memória, suas últimas palavras que diziam que homem branco ainda não entendeu a grande riqueza da natureza, que nos presenteava todos os dias com a terra para plantar, o ar para respirar e as águas para a criação da vida! Se homem branco não entende que a riqueza da natureza sempre esteve com ele, não é merecedor de compartilhar.
Dito isto, Pacunum foi amarrado a uma mangueira e num golpe de machado cortaram-lhe a cabeça. Sua cabeça caiu ao chão ainda com os olhos abertos.
Neste momento os pássaros se calaram e o vento parou de soar, só se ouvia o canto do uirapuru, que é o mensageiro da morte na floresta.
Os bárbaros brancos saíram arrastando o corpo de Pacunum e os demais guerreiros pela mata até sua embarcação, como se fosse um troféu macabro. O sangue dos Guerreiros Xavantes marcou na terra por todo o caminho feito por eles.
Mas a mãe Natureza abençoa e também pune com severidade aqueles que a desrespeitam. Na distância de cem braças da costa, já quando os bárbaros haviam entrado nas embarcações e os corpos dos guerreiros jaziam sob o assoalho do navio, uns por cima dos outros, mãe Natureza contou ao deus Sol o que aconteceu, deus Sol se encheu de fúria e ordenou as nuvens que chovessem como nunca choveram, ordenou ao marque se agitasse e debatesse a embarcação dos bárbaros, como alguém que mastiga pra depois engolir. Em pouco tempo a embarcação estava reduzida a pedaços de madeira boiando sob o sal do mar.
Todos os bárbaros foram devolvidos a praia, já sem vida, nenhum Guerreiro Xavante foi encontrado. A Natureza guarda para si aqueles que são seus.
Até hoje, a terra por onde passaram os Grandes Guerreiros Xavantes é vermelha, vermelha da cor da vida, vermelha da cor do sangue dos Guerreiros Xavantes, e salgada, salgada pelo suor de homens valentes que defenderam um ideal.
Os antigos me falaram algumas vezes que aos guerreiros que morriam de olhos abertos, lhes era concedido o privilégio de ver o caminho que conduzia até a morada dos Grandes Espíritos, em recompensa por terem olhado a morte nos olhos.
Meu povo acredita que os Grandes Espíritos quando fecham os olhos para esta vida, o deus Sol lhes concede a dádiva de retornarem a terra na forma de algum ser. Eu acredito que cada árvore que nasceu naquele bosque por onde os corpos dos guerreiros passaram são na realidade os espíritos dos que se foram zelando pela tribo.
Essa é a lenda dos Guerreiros Xavantes, que demonstrou que somos nós que pertencemos a Natureza e que coragem não significa ausência do medo, mas sim fazer o que se deve fazer.
Eu sou Oimbaré, cacique da Grande Tribo dos Guerreiros Xavantes.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sem Dúvida e sem Dívida!

Venho pra comunicar um fato que me aconteceu hoje pela manhã no viaduto do chá ao me dirigir ao meu trabalho, peço que tirem as crianças da frente do computador pois a coisa é seria. Acrescenta mais dramaticidade à cena colocando como pano de fundo Candle in the Wind do Elton John para dar um clima!
É algo que foge da compreenção humana, uma verdadeira barbárie, um crime ecológico se não contra a humanindade!
Vi 6, eu disse SEIS caixas de cerveja cairem de um caminhão e se espatifarem todas pelo chão! (uma lágrima cai pelo canto do olho), só se ouviam os gritos....: "Eu quero morrer!" e ainda "O mundo não tem mais sentido pra mim!", se Zeca Pagodinho visse a cena teria um infarto na hora!
Onde estão as autoridades que não punem com o rigor da lei à este verdadeiro desrespeito a sociedade e seus bons costumes?!
E acredito ainda que o bêbado deveria ser o símbolo economico deste país; sim pois é ele quem faz girar a moenda da economia nacional e gerar divisas à nossa federação. E creio também que os primeiros estabelecimentos comerciais do Brasil, oxalá da América, oxalá do globo, oxalá da história da humanidade, a conceder crédito aos seus clientes foram sem dúvida alguma os botecos!
Retomando o presente, já imaginaram agora com o boom do etanol, o gigantesco mercado consumidor ébrio que temos em potencial?!..Rá Rá!
Acabaríamos com a crise, até mesmo porque para os amigos de copo não há crise, já que bebemos para esquecer, não é verdade?!
Nossa dívida externa se converteria em cirrose interna!..Rá Rá!
Seríamos todos iguais a cobras de laboratório, vivendo no alcóol, mas viveríamos com um eterno sorriso no rosto, e um sorriso natural, proveniente da cana que é um vegetal, agradaríamos até os ambientalistas!..Rá Rá!

Cagada da Gente!!

Novidade,
Netinho de Paula foi eleito vereador, pergunto eu a vocês, ... "O que esta praga vai fazer na câmara??!!"
Vai fazer a bolsa gueto..rsrs, ou a Febém solidária??!!..Rá Rá!!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cada um no seu quadrado!!

Bem pessoal, com essa onda de todo ser vivo cogitar a hipótese de garantir um Natal antecipado se candidatando pra vereador, nós vemos de tudo. Mês passado, numa terça a tarde indo pra faculdade eis quem vejo fazendo campanha eleitoral na 9 de Julho num carro com um alto falante que deixava qualquer baladinha parecendo um churrasco na laje, quem?? QUEM??... Sérgio Malandro!! o próprio, com uma conversinha melada, disse que iria devolver pra SP tudo o que SP tinha dado!!
Imagina, chega na tua casa uma correspondência falando que seu IPTU aumentou 200%, daí você abre a carta e tá escrito...: "PEGADINHA DO MALANDRO!!"Rá Rá Rá!!
É moçada ele cansou de bagunçar com as malandrinhas, agora quer bagunçar com os malandrinhos..........., da câmara dos vereadores!!
Imagina então a candidatura do Dinei do Corinthians, se ele ganhasse só ia trabalhar de segunda!! Rá Rá Rá!! Essa deu azia no dragão de São Jorge.
E da Rita Cadillac então, disseram que no corpo a corpo com o eleitorado ele iria ganhar disparada!!
E falando em política, vejam que tem projeto social pra tudo, né??!! O próprio governo já instituiu o Bolsa Trabalho, o Bolsa Moradia e o Bolsa Família, mas se esqueceram dos menos favorecidos, aqueles que não tem nem trabalho, nem casa e nem família, mas que tem título de eleitor!!, o nosso camarada, o querido compatriota de copo de nosso ilustríssimo presidente, sem mais delongas, o bêbado.
Mas eu não me esqueci!! Em minha campanha eleitoral para vereador em 2012 vou instituir o "Bolsa Etílica" que já vem acompanhado de um vale táxi!! Rá Rá Rá!!
Êta marvada pinga. Êta nóis. Êta. Êta. Êta....Nol.